domingo, 24 de julho de 2011

PRESSURIZAÇÃO

PRESSURIZAÇÃO



Quando uma aeronave voa a uma alta altitude, ela consome menos combustível para uma determinada velocidade, comparando com o que ela faria em uma altitude mais baixa; em outras palavras, a aeronave é mais eficiente em altas altitudes.
Mau tempo e turbulência podem ser evitados, voando em um ar relativamente calmo acima das tempestades. Aeronaves que não têm pressurização e sistema de ar condicionado são normalmente limitadas a baixas altitudes.
Um sistema de pressurização de cabine deve executar várias funções, se ele foi
projetado para assegurar conforto e segurança para os passageiros. Esse sistema deve ser capaz
de manter uma altitude de pressão de cabine de aproximadamente 8.000 pés à máxima altitude
de cruzeiro prevista para a aeronave. Isso quer dizer o seguinte:

A aeronave está voando a 35.000 pés de altitude em relação ao novel do mar, porém na parte interna da cabine, devido ao sistema de pressurização, a "sensação" é de como se a aeronave, estivesse voando a 8.000 pés de altitude. Ou seja apesar do avião estar muito "alto" a cabine está "baixa". Pois devemos lembrar de que quanto mais perto do solo, maior é a pressão atmosférica. Por isso o sistema fica "enchendo de ar" a parte interna da cabine.

O sistema também deve ser projetado para prevenir rápidas mudanças de altitude de cabine
que possam ser desconfortáveis ou danosas aos passageiros e tripulantes. Além do mais, o
sistema de pressurização deve permitir uma troca rápida do ar da cabine. Isto é necessário
para eliminar o odor e remover o ar viciado.
Em um sistema de pressurização típico, a cabine de comando e a de bagagem são incorporadas em uma unidade selada, que é capaz de conter ar sob uma pressão maior que a pressão atmosférica externa.
O ar pressurizado é bombeado para dentro dessa fuselagem selada por super carregadores de cabine, (comprenssores) os quais fornecem um volume relativamente constante de ar a todas as altitudes
até um teto máximo.
O ar é liberado da fuselagem por um dispositivo chamado válvula de fluxo de saída (out flow valve).
Desde que os compressores forneçam um fluxo constante de entrada de ar para a área pressurizada, a válvula de fluxo de saída, pela regulagem da saída de ar, é o elemento mais importante no sistema de pressurização.
O fluxo de ar através de uma válvula de fluxo de saída é determinado pelo grau de abertura da válvula. Essa válvula é normalmente controlada por um sistema automático que pode ser ajustado pelos tripulantes. Alguns poucos, simples e pequenos ajustes são necessários, mas a maior parte do tempo, controles automáticos necessitam apenas de monitoramento.
No caso de mal funcionamento dos controles automáticos, controles manuais estão disponíveis.
O grau de pressurização e, portanto, a altitude de operação da aeronave são limitados por vários fatores críticos de projeto.
Basicamente a fuselagem é projetada para suportar uma máxima pressão diferencial específica de cabine. A pressão diferencial de cabine é a razão entre as pressões de ar interna e externa sobre o revestimento da fuselagem.
Se a pressão diferencial torna-se muito grande, danos estruturais à fuselagem podem ocorrer. Em adição, a pressurização é limitada pela capacidade dos supercarregadores em manter um volume constante de fluxo de ar para a fuselagem. Conforme a altitude aumenta, a pressão do ar entrando no supercarregador torna-se menor, consequentemente, o supercarregador tem que trabalhar mais para realizar sua parte no trabalho. Eventualmente, em algumas altas altitudes, os supercarregadores encontrarão seus limites de velocidade de operação, potência absorvida ou alguns outros fatores operacionais.
A aeronave normalmente não voará além desses limites permitidos.

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